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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Homossexualidade é doença?

Um amigo meu de infância, o Carlão, levantou esta questão importante em seu blog (catloslavieri.blogspot.com), e achei legal comentar sobre o assunto. Vamos lá.

Primeiramente gostaria de fazer algumas definições. O termo homossexual significa dois indivíduos do mesmo gênero, ou seja, qualquer grupo de homens é homossexual e qualquer grupo de mulheres também, independente de sua orientação sexual. Existe uma confusão de gênero relacionada ao significado da palavra homossexual. Sendo assim temos: homossexual, relacionado a pessoas do mesmo gênero (masculino ou feminino), homoerótico, que diz respeito à orientação sexual e significa pessoas que se erotizam por outras do mesmo gênero.

Muito bem, sabemos hoje que a orientação sexual (se o indivíduo vai ser hetero, gay ou lésbica) é algo que nasce já definido. O sexo primário é o feminino. A forma de pensar (estrutura cerebral) do cérebro do feto é sempre feminina até a 6° semana de gestação. Entre a 6° e a 8° semana de gestação, se este feto for do sexo masculino (XY), ele receberá uma quantidade de testosterona (hormônio masculino) que diferenciará a estrutura cerebral de feminina para masculina. Sendo assim, este cérebro agora passa a pensar como homem (gosta de futebol, cerveja, falar besteira, churrasco). Pode acontecer de a quantidade de testosterona não ser o suficiente para diferenciar totalmente o cérebro, não alterando a orientação sexual do cérebro feminino. Dessa forma, teremos o nascimento de um indivíduo do gênero masculino, mas com orientação igual a da maioria das mulheres, ou seja, ele vai gostar do que a maioria das mulheres gosta: de homens.

O mesmo acontece com as meninas que entre a 6° e 8° semana de gestação recebem testosterona em níveis maiores do que normalmente deveriam receber. Nascem com a orientação da maioria dos homens: gostam de mulheres.

Sendo assim, não há "cura". Este conceito é preconceituoso, pois se está falando em cura se pressupõem que o indivíduo tem alguma doença. Quem é doente é a sociedade que criou uma regra que todos devem respeitar sem levar em conta a natureza do humano. As pessoas nascem heterossexuais (maioria), homoeróticas (gays e lésbicas) e transexuais (minoria) e ponto final. Todos têm de aceitar isso!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

7 a 1 para os homens!

Esta é uma postagem de alerta! A procura em meu consultório é de 7 homens para 1 mulher! As mulheres têm muita vergonha em procurar um sexologista devido ao pudor e, principalmente, por acharem que estão colocando o relacionamento em risco acreditam ser melhor não chegar a algumas conclusões para evitar mais aborrecimentos! Imagine só, muitas supõem que se encontrarão em um beco sem saída diante das verdades que descobrirão sobre seus relacionamentos e, portanto, evitam entrar em contato! ISSO É PURA FANTASIA , SUPOSIÇÃO! Falar e constatar aquilo que "trava" é o caminho para reconquistar a intimidade com o parceiro!

Quer saber se tenho alguma notícia pior ainda? Sim, a média de tempo para chegar aqui é de 5 a 7 anos! Pelo amor de Deus! As mulheres tendem a postergar mais, pois não se expressam através da virilidade como os homens. Mas, por favor! Vamos parar de sofrer! Vamos encarar as situações!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O clitóris e o prazer

Recebi esta dúvida por e-mail e achei importante publicar o que respondi. É uma dúvida muito comum. Lá vai:

Olá, eu sempre sinto orgasmo durante uma relação sexual. De um tempo pra cá, venho sentindo algo que não sei explicar. Quando meu namorado faz sexo oral em mim, estimulando o clitóris por um bom tempo, sinto algo, digamos, agudo. Começa bom e vai ficando insuportável, de forma que tenho que pedir para ele parar. Depois ele volta a fazer e sinto o orgasmo. Então, não sei a diferença entre isso e o orgasmo. Busquei na internet uma resposta e não tive sucesso.

Minha resposta:

Oi, isso se chama aflição. O clitóris deve ser tocado da maneira correta, caso contrário, ele vai provocar agonia, e não prazer. A maneira correta é diferente para cada mulher, porém, para a maioria é muito angustiante a manipulação direta, sobre a "ponta" (glande) do clitóris. Outra coisa, após muito estímulo ou um orgasmo, o clitóris fica sensível a ponto de qualquer pequeno estímulo ali ser insuportável. Descubra-se e viva feliz. Você não tem problemas.

Segredos

Uma repórter me enviou umas perguntas para uma matéria que achei muito interessante e vou postar aqui:

1) Por que as pessoas guardam segredos tanto de sua vida pessoal, quanto de outras pessoas?

Muitas vezes as pessoas nem se dão conta que estão produzindo segredos. A vergonha faz com que, naturalmente, as pessoas evitem comentar ou revelar certos assuntos ou características próprias. Na verdade, o segredo é uma tentativa de substituição de uma fantasia que provoca dor naquela pessoa. Traduzindo: quando se omite algo intencionalmente ou não, está se tentando substituir algo que lhe é passível de penalização. Chama-se isso de fantasia, pois é algo que aquela pessoa acha que os outros vão julgar mal, mas não obrigatoriamente é o que os outros acham.

2) Quais são os segredos mais difíceis de serem revelados e por que muitas vezes expor o fato traz graves consequências? Por que as pessoas têm tantos problemas com segredos sexuais?

Percebo que a maior dificuldade das pessoas é revelar sentimentos que lhes remetem a culpa. Por exemplo: ter sentido raiva da mãe, do pai, dos filhos e do parceiro(a). Socialmente, estas figuras são "santificadas", e quando temos algum sentimento julgado como pejorativo (a raiva, como citado anteriormente), nos enchemos de culpa e escondemos o que sentimos. Esquecemos de que somos humanos e que a raiva faz parte de nós. Da mesma maneira, sexo é um tabu, o que gera imensa barreira entre desejar (fantasiar) e realizar. Só o fato de desejar "tal coisa" remete a auto- repressão e pudor. Dessa maneira nos enchemos de culpa, nos envergonhamos de mostrar o que sentimos. Sendo assim, guardamos em segredo.

3) Quais são os tipos de segredos que é aconselhável nunca serem revelados?

Não revele nada daquilo que você não se permite, pois não saberá lidar com as consequências. O melhor é procurar ajuda profissional.

4) Como funciona a relação médico / paciente no sentido dos segredos? Até que ponto guardar um segredo não é prejudicial a outras pessoas, como segredos de família, etc?

Existe o sigilo médico, que garante que aquilo que é conversado em consulta não será comentado nem revelado a ninguém. O médico pode orientar o paciente em perceber o prejuízo que está causando a si próprio e aos outros, porém, é ele (paciente) quem tomará as atitudes. É a vida dele, e ele tem de aprender com seus erros e suas consequências. Isso tudo fora a parte jurídica, onde crimes podem ser denunciados pelo médico.

5) Por que algumas pessoas revelam segredos a terapeutas, mas não conseguem revelar a familiares? As pessoas geralmente demoram muito a revelar suas intimidades para o terapeuta?

É um processo aprender a se aceitar e quebrar seus próprios tabus. Os pacientes reproduzem na terapia o comportamento que têm com o mundo exterior. Compreendendo e conseguindo se resolver na terapia, devolvem isso para a sua vida. É o caminho inverso.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Orgasmo amedrontador!

Já percebi uma coisa: homens têm medo do orgasmo feminino. Não sei de onde vem a história de que para uma mulher atingir o orgasmo é uma dificuldade incrível! Sei também que quanto mais bonita e importante aquela mulher é na vida do cara, mais preocupado com isso ele fica. Parece que enquanto ela não atinge um orgasmo nada aconteceu. Ele fica lá empenhado, suando, de língua de fora e atento aos gemidos e gritos dela, esperando pela explosão de prazer que vai lhe coroar. Pronto, missão cumprida. Ah, vá!

Enquanto isso, ela percebe que ele não está se entregando totalmente. Sente que ele está ali atento, esperando, ansioso, agindo de uma maneira mecânica. Assim, ela passa a se sentir obrigada a dar isso para ele. Aí pronto! O abacaxi está feito. Ele preocupado com ela, ela preocupada com ele! Que beleza! Ninguém curtindo! Isso faz com que ela demore mais para atingir o orgasmo e ele fica mais ansioso ainda, podendo chegar a apresentar ejaculação precoce ou retardada, disfunção erétil e etc.Mulheres, por favor, comentem. Vamos dizer a verdade: atingir o orgasmo numa transa ficou difícil?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Lição sobre ereção

Quando há algum problema de ereção a primeira pergunta que vem é: "Meu problema é psicológico ou físico?". Bem, vou ensinar a vocês como interpretar melhor seu próprio corpo. Vamos lá:

1°) A parceira tem que lhe apetecer, ou seja, ser o seu tipo. Tem que te dar tesão (acho que assim é mais claro).

2°) Vc não pode estar bêbado nem sobre efeito de outras drogas pesadas ( como cocaína, crack, maconha, bolinhas e pagode - este último é apenas uma piadinha- hehehe).3°) Caso a parceira não lhe dê tesão, não adianta, não vai subir.

4°) A parceira pode dar tanto tesão que assusta. Mulheres muito gatas fazem com que alguns homens exagerem na expectativa do próprio desempenho. Um homem com medo não está com tesão, portanto, não há ereção.Certo?!

5°) Todo e qualquer momento em que você estiver com medo é mais provável que não tenha uma ereção.

6°) Se a ereção acontece às vezes, à noite ou quando se masturba, seu pênis não tem nenhum problema físico. A origem de tudo é só psicológica. Ah! Para se masturbar precisa estar com tesão, viu, não adianta forçar ou "testar para ver se funciona". Neste momento de "teste", você está nervoso, e não com tesão.

7°) Viagra e seus amigos NÃO DÃO TESÃO! A VONTADE É ALGO QUE ACONTECE! NÃO TEM COMPRIMIDO PARA ISSO! Fui claro?!

8°) Caso você tenha vergonha do seu corpo ou do tamanho de seu pênis é bastante provável que broche às vezes - ou sempre.

9°) Caso você esteja muito cansado ou preocupado, não adianta insistir.

10°) Mulher também é gente, e não bicho!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Como os Homens se Vestem


Outro dia, andando pelo shopping com minha namorada, comecei a reparar nos casais que passavam (enquanto ela não via mais nada a não ser as vitrines, é lógico). Casaizinhos de mão dada (que bom!), a menina sempre de sapatinho alto, sandália ou bota, um jeans justinho, um vestidinho ou saia, uma bluzinha, o cabelo arrumado, brincos e uma maquiagem leve. O menino de chinelão esbudegado, shortão quatro números maior, camiseta de time (não interessa qual), e o grand finale: boné! Então pensei: como uma mulher se sente ao lado de uma figura tão "maravilhosa"?

Desvalorizada é lógico! Quando um homem se asseia, cuida de sua forma e de seu vestuário, a mulher compreende que ele se preocupa em se manter desejável. Sim, desta maneira ele demonstra que quer se manter sensual e chamar a sua atenção. A sensualidade tem de estar no ar! É assim que se diz ao outro que ele (a) é importante para você! Um homem vestido de maneira esculhambada está mais adequado para ir a um churrasco com os amigos, e é assim que ela se sente, considerada como ele considera os amigos!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vaginismo: o que é isso?

Inflamação na vagina? Coceira na vulva? Corrimento crônico vaginal? Não, nada disso. É apenas medo, ou melhor, pavor em ser penetrada. É diferente de quem tem dor na penetração, o que chamamos de dispareunia. A vagínica (mulher que tem vaginismo), tem uma impressão psíquica horrorosa da penetração. Ela tem a sensação de que vai ser rasgada ao meio pelo pênis. A aflição em relação à penetração é tão grande que impossibilita o coito. Até para examinar estas pacientes é complicado. Não existe nenhum componente físico que explique tal problema, ou seja, é de origem exclusivamente emocional.

Geralmente, essas mulheres são pessoas que se sentem ameaçadas pela figura masculina e vivem num sonho de fadas. Acabam encontrando parceiros gentis e compreensivos que aceitam a sua situação. Sentem-se infelizes e frustradas por não serem “completas” e sustentam um relacionamento infantilizado, ou seja, não muito aprofundado com seus parceiros. Imaginam que não poderiam ser aceita por outros homens, pois estes as pressionariam em ter penetração, fazendo de seu parceiro uma proteção contra esses “machos malvados”. No final das contas, fazem de seu parceiro apenas um lugar seguro. E como sofrem estes parceiros!

Preciso fazer um grupo de terapia para os maridos das vagínicas. Aliás, estou montando um grupo de terapia de vagínicas. Aquelas que estiverem interessadas é só entrar em contato.

Por que existe esta maldita ejaculação precoce?


A quantidade de pessoas que sofrem com este problema é absurdo! Chega a ser um assunto de saúde pública! Aqui em São Paulo, chega a atingir um em cada quatro indivíduos adultos sexualmente ativos. Ah! Por sinal o nome correto agora é ejaculação rápida (ER).

Mas voltando à pergunta que intitula esta postagem, temos que lembrar que os animais são ejaculadores rápidos, e no processo de evolução chegamos a prolongar a atividade sexual, o que nos exige mais controle. Mas como e por quê? Simples.

A prática da copulação exige entrega por ambas as partes. Quando um par se entrega um ao outro, não consegue prestar a atenção naquilo que ocorre à sua volta, tornando-se vulneráveis aos predadores. Então, a cópula é rápida, pois o ambiente é ameaçador.

Quando a evolução chegou ao chimpanzé Bonobo, a cópula passou de instintiva à verdadeira entrega: relação de frente ( tipo "papai e mamãe"), o que predispõem que o par confia um no outro, pois a primeira ameaça é o próprio parceiro(a). Foi aí que aconteceu o olho no olho e um se viu como fonte de prazer ao outro.

Do Bonobo para o homem as coisas só pioraram, pois nosso raciocínio nos trouxe o senso de responsabilidade pelo prazer do outro, o querer ser amado, aceito, além do medo de ser rejeitado. Assim, um se responsabiliza pelo prazer do outro e o medo de falhar nessa missão transforma o sexo em um motivo ansioso, ameaçador, inóspito, o que faz com que o indivíduo ejacule logo para sair desta situação de risco. É, nosso subconsciente interpreta tal situação como vulnerabilidade e nos defende ejaculando rápido ( tirando daquela situação), garantindo a nossa integridade individual e a perpetuação da espécie ( pois a fêmea pode engravidar). Podemos concluir, então, que situações de risco emocional são tão perigosas quanto às de risco físico.