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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Crônica de um sábado à noite

Ahhh! Sábado é o dia dos sexualmente ativos. Tudo estava propício para o sexo: namorada legal, bonita e gostosa, o dia (ou melhor, a noite), o jantar, o papo, o vinho e o ambiente.

Em seu apartamento, sozinho com sua gata, pegou-a no colo romanticamente e entre beijos calientes e piadinhas a levou para seu "ninho do amor" (Que brega! Virge!). Cama box de molas independentes e ensacadas, lençol fio egípcio, travesseiros de visgo elástico (quatro por sinal), musiquinha de fundo, velas para todos os lados e pétalas vermelhas sobre a cama. Ela totalmente seduzida, sedenta por amor. Ele, louco de....medo! Sim, bateu um medão, paúra, amarelão, cagaço, pavor, temor, pânico, suadouro, emparedamento, gelo!

Ela: - Meu bem, por que você parou?!
Ele: Não sei, acho que não estou bem hoje. Muitos problemas no trabalho, muitas contas para pagar...blá. blá, blá.

Tradução simultânea do que ele a ouviu perguntar:
- Fracassado, por que você não consegue dar no couro?!

Tradução simultânea do que ela o ouviu responder
:-Tô te enrolando, não sei o que dizer. Tô com medo e vou continuar te enrolando...

Continuando a crônica...
Horas depois...

Ela: - Você quer conversar sobre o assunto?
Ele: - Não.

Tradução simultânea do que ele a ouviu perguntar:
-Você vai me explicar já por que você é um brocha!

Tradução simultânea do que ela o ouviu responder:
-Não!

Continuando...

Ela: - É alguma coisa que te fiz? Sei lá! Tô gorda, não te excito mais por causa da minha chatice? É que eu pego muito no teu pé, né?! Eu sabia que eu ia estragar tudo! É sempre assim, sempre estrago, por isso que não consigo ficar com ninguém!
Ele: - Não. Não é você. Sou eu.

Tradução simultânea do que ele ouviu ela dizer:
- Olha só como você me deixa insegura. Você como macho deveria me traçar legal, assim eu ficaria satisfeita e segura ao seu lado! Brocha!

Tradução simultânea do que ela ouviu ele responder:
- É isso mesmo. Você tem razão sua baleia neurótica!

Naquela noite a "festa" acabou. Ambos foram dormir. Um para cada lado, cada um com seu pensamento. No dia seguinte acordaram, se abraçaram, se beijaram, tomaram banho, café da manhã e foram cada um para o seu trabalho. O fim dessa história não existe. Esta situação vai se repetir, repetir, repetir e ambos vão continuar sem ouvir o outro. Cada um com a sua realidade. Você já viu uma história assim?

2 comentários:

  1. Dr. João eu nuna ouvi uma história assim....as pessoas ou melhor os seres humanos são dificeis já sabemos.
    Gostei dessa frase:
    - Ela sedenta por amor e ele louco de medo...
    Mas ( medo) de que??
    Ou sera que o medo de amar de verdade congela as pessoas?? - reconhecer os sentimentos é tão pavororoso assim ou pode ser medo de decepções futuras, falta de amor para o "sexo"...vai lá saber né...( mas quem faz sexo somente por e com amor são as mulheres)sem desprezar os homens claro.

    Mundo complicado o nosso.

    Abraços,

    Regiane Rodrigues

    ResponderExcluir
  2. Olá dr.

    Ri muito com a crônica.. isso acontece com frequência sim .. tenho muitos relatos desse tipo de ocorrência.

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